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domingo, 9 de janeiro de 2011

O Lúdico no processo de ensino–aprendizagem: mais que jogos e brincadeiras.

"O brincar é uma necessidade básica e um direito de todos. O brincar é uma experiência humana, rica e complexa."  (ALMEIDA, M. T. P, 2000)



O lúdico – fenômeno que se manifesta por meio dos jogos, brinquedos e brincadeira – é o que a aluno faz por livre espontânea vontade e aprende sem perceber que aprendeu algo novo, sem interrupção do professor. Desta forma a ludicidade se torna uma ferramenta favorável ao processo pedagógico. Processo esse que se faz carente de profissionais comprometidos com a educação e que trabalhem um ensino em busca da formação integral do aluno, formando um ser: Intelectual, profissional e social. Esse “Ser”, é o produto final do trabalho dentro da escola, é o aluno quando deixa de ser aluno pra se tornar o cadão fora da escola.
                      




O aluno formado para ciência e a técnica perde a felicidade e a alegria de viver, perde a capacidade de brincar, perde a fertilidade da fantasia e da imaginação guiadas pelo impulso lúdico, o aluno não tem o prazer em ir à escola, o aluno não tem uma motivação diária pra se fazer aberto a o ensino imposto pela sociedade.
É notório o foco educacional atualmente, onde o aluno é doutrinado a estudar pra prestar um bom concurso e ser um grande profissional. E onde entra a educação integral voltada para o pleno desenvolvimento do educando sem perder a humanidade desse aluno/criança? 
O educador é responsável por grande parte da personalidade dos alunos, e uma vez não desenvolvendo seu trabalho corretamente, utilizando métodos pedagógicos adequados a realidade dos alunos, certamente frustrará seus educandos e não obterá o êxito educacional em busca da formação plena dos mesmos.
Muito tem sido falado sobre a importância do lúdico na educação. Porém, a sua prática na escola estar limitada, muitas das vezes, a um canto com jogos (em velhas caixas de papelão ou empoeirados ou sucateados num canto da sala), ou, menos ainda, atividades como jogos, brincadeiras, brinquedos, que na sua maioria são “dadas” sem um acompanhamento ou proveito pedagógico, apenas como passa tempo. Perdendo a oportunidade de transformar a ludicidade em ferramenta primária, usufruindo do ambiente favorável que se encontra no trabalho lúdico, desenvolvendo ou ampliando o aprendizado em cada ser, formando assim um ser integral baseado no novo olhar da educação, formando então: não “aluno”, mas educando “cidadão”.
Entende-se que o indivíduo criativo é um elemento importante para o funcionamento efetivo da sociedade, pois é ele quem faz descobertas, inventa e promove mudanças.
Atualmente o desafio de prender a atenção do aluno, que vive rodeado pela mídia e uma variedade de recursos tecnológicos, sem perder o foco que é a formação integral, exige do sistema educacional uma profunda reflexão sobre o processo pedagógico aplicado nas escolas.
Essa reflexão sempre foi muito complexa, mas atualmente essa complexidade parece maior, pois além de trabalhar com alguns saberes, como no passado, tem que conviver com os avanços tecnológicos e a complexidade social atual. Vive-se um contexto onde o aluno, inserido numa sala de aula com quatro paredes, quadro, giz, carteiras dispostas uma atrás da outra, não aceita mais aquela aula em que o professor fala e ele escuta. “O homem da ciência e da técnica perdeu a felicidade e a alegria de viver, perdeu a capacidade de brincar, perdeu a fertilidade da fantasia e da imaginação guiadas pelo impulso lúdico”. Santin (1994 p. 27). O aluno é um ser fragmentado, espectador que está sendo preparado para o mercado de trabalho para "aprender a fazer" deixando de viver.
Segundo MORAES (1995 p.24) “O educador está chamado e autorizado para intervir em vidas”. Concordando com essa afirmativa e nela sentindo o peso da responsabilidade do educador, é que se entende que o educador atual necessita refletir sobre seus métodos pedagógicos e a inserção do prazer educacional nos alunos. Pois muito tem sido falado sobre a importância do lúdico na educação.
O lúdico deve ser recriado de acordo com as necessidades afetivas, motoras, cognitivas ou sociais de cada turma, servindo como meio e não como um fim em sim mesmo. Assim, há que se conhecer e entender os limites e as possibilidades na relação: lúdico x educação, no sentido de melhor explorá-la em prol do ensino integral do aluno/cidadão.


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